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Archive for the ‘Os sentimentos dizem…’ Category

HOJE, o nosso presente.

6/ novembro / 2021 Deixe um comentário

A gente não sabe o dia de amanhã.
O ontem já foi.
O que temos é o hoje, nenhum segundo a mais, nem um segundo a menos.

Seja jovem, seja idoso, cabe a cada um de nós dar o melhor que temos, tudo para fazer a valer o dom vida.

E qual a melhor maneira de fazer valer a pena?
Retribuir o presente da vida, sermos intensos.

Se de um lado, o passado já foi.
Do outro, o futuro talvez virá,

E o presente só será um verdadeiro presente se formos de corpo, espírito e alma presentes agora,

A propósito, é a ausência no presente que faz inexistir o futuro.

Sejamos donos do nosso destino, capitães da nossa alma, em gratidão ao autor da vida, pois ainda que não percebamos, somos inspiração para alguém e quem sabe, para muitos.

BAMBU CHINÊS: É preciso entender que certas coisas levam tempo!

20/ junho / 2021 Deixe um comentário

Você conhece a história do Bambu Chinês? É uma preciosa lição que nos faz entender: Certas coisas levam tempo.

A semente do bambu chinês, depois de plantada, demora aproximadamente cinco anos para ser percebida. Isso mesmo! Depois de plantada a semente do bambu chinês, não se vê nada por aproximadamente 5 anos – exceto um diminuto broto.

Todo o crescimento é subterrâneo; uma complexa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra, está sendo construída. Então, ao final do 5º ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros.

Na nossa vida, muitas questões pessoais e projetos profissionais, sonhos acadêmicos e aprovações guardam semelhança ao bambu chinês. Investimos tempo, esforço, dinheiro, energia, fazemos tudo o que podemos para alcançar resultado e, às vezes, não se vê nada por semanas, meses ou anos.

Porém, se tivermos paciência para continuar estudando, se submeter a ser escravo dos livros, persistir em uma jornada de poucos amigos, o quinto ano chegará; com ele virão mudanças, recompensas que sequer conseguimos imaginar.

Na minha trajetória de estudos e concursos, lembro que logo no início fui tentado aos cursos “retas finais”, às revisões intensivas e livros bem resumidos que criavam em mim a ilusão que eu teria um atalho para a aprovação desejada. Um tempo depois, percebi que essas preparações eram interessantes, importantes, mas não eram para mim. Minha realidade precisava de uma preparação extensiva, homeopática, tranquila. Eu passei a compreender que a “pressa pela aprovação” só ia gerar frustrações. Quem tem um Exame da OAB, um sonho de aprovação em concurso público precisa ter claro em mente que o estudo não é uma mágica.

O processo de aprendizagem precisa ser entendido como algo sério (dedicação, capricho e tempo).

Construir exige sacrifício, esforço. Fernando Pessoa, “Quem quer ser rei sem esforço, será servo eternamente”.

Quando perguntam como foi minha preparação para concursos, eu repondo: Eu estudava muito. Compreendi que o imediatismo produz frustrações, abala a autoestima e gera prejuízo ao bolso. As reprovações são golpes traumáticos e viver a estudar de forma a revisar o tempo todo gera um ciclo vicioso, sem consistência e profundidade, sem ganhos.

Daí, reconheci minhas debilidades, disciplinas com dificuldade e passei a fazer preparações extensivas. Isso mudou até mesmo minha esperança, pois eu comparava o mesmo assunto com a forma anterior que eu tinha estudado e já conseguia perceber que agora a qualidade no estudo geraria um novo resultado. Isso fazia renascer a esperança e tudo ficava mais leve até mesmo na preparação. A base sólida construída na nova maneira de estudar me deu todo o suporte para o êxito nos novos desafios.

É preciso entender que certas coisas exigem decisão, desejo, ousadia, para chegar às alturas (realização do sonho, aprovação) e, ao mesmo tempo, muita profundidade (esforço, disciplina, sacrifício e paciência) para nos mantermos firmes em nossa realidade, com os pés no chão.

Os outros podem até pensar que nada está acontecendo, mas sua preparação está se formando, longe dos olhares de todos e você chegará ao ideal planejado. Crescer é um processo, demanda tempo e paciência.

Não se preocupe tanto com o tamanho do seu “broto” e nem com o tempo que ele pode demorar para se desenvolver. Permita-se vivenciar a beleza do caminho e da jornada com alegria, com a certeza que o seu processo de crescimento está acontecendo. Quem entende que certas coisas levam tempo, não desiste de lançar com diligência e dedicação as sementes continuamente, pois sabe que o esfoço será bem recompensado. Persistamos!

A dor do outro

29/ novembro / 2020 Deixe um comentário

Ainda que nos coloquemos no lugar do outro, jamais teremos a dor do próximo.

É isso. Quem não padece as dores não as pode avaliar. Em uma realidade que as felicidades e sofrimentos individuais estão expostos, somos tentados a julgar e até mesmo acreditamos que os insucessos do outro – a reprovação de um curso, o desemprego, o fim do amor, a morte de um ente querido – foram demasiadamente valorizada por ele.

A dor tem seu preço, a dor tem seu valor, a dor tem sua própria sensação e sofrimento. Porém, não esqueçamos do óbvio: As dores emoções a amores nunca serão iguais, ainda que tenhamos passado por situações semelhantes. Afinal, semelhante é semelhante, semelhante é parecido, mas semelhante não é igual, semelhante é diferente.

Acreditar que sabemos a exata dor da ferida é falta de humildade. E empatia sem humildade, é arrogância apenas travestida de solidariedade.

Cada um de nós temos uma reação ao sofrimento. Nos enganamos que sofrimento e alegrias são emoções equiparadas. As palavras dolorosas, as derrotas, as reprovações, rejeições e perdas são emoções negativas que precisam de muitas emoções positivas para que a mente e alma encontrem o equilíbrio. Para muitos, a dor de ouvir uma palavra negativa não é “curada” por um pedido de desculpas imediato, um elogio. Às vezes, o equilíbrio só é alcançado com 3, 5, 10 palavras e momentos positivos que somados ao tempo, curem o coração.

O exercício da empatia consiste em buscar respeitar, compreender a dor do outro, sem a arrogância de acreditar que sabe o sentimento do outro. Logo, a dor do outro é a dor do outro.

Respeitar a dor do outro é se compadecer, se colocar no lugar dele, lamentar, mas sem julgar, pois ainda que nossa perda seja semelhante, ela não é a dor real do outro, até porque “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.

Decerto, a empatia exige solidariedade, mas também humildade para compreender e respeitar as lagrimas e risadas alheias, sem arrogância que de pensar que temos os exatos temos e alcance do que é felicidade e dor emocional do outro, como ninguém tem a exata noção da sujeira sentimental que há nossos corações diante das poeiras emocionais das estradas na jornada da vida.

Se os outros são os outros e ninguém sabe a exata noção da vida que temos, nós também jamais teremos a real emoção do outro, pois cada um de nós somos únicos nas nossas lágrimas, emoções, sofrimentos, dores, alegrias e risadas.

Talvez, assim, o equilíbrio produz empatia e solidariedade.

Viva o presente que você tem!

25/ fevereiro / 2020 Deixe um comentário

A velocidade e a dinâmica das tarefas nos tenta a deixar de viver o bem mais precioso que temos: O PRESENTE!

Dentre vários fatores, isso acontece porque nossa eficiência cede espaço para a procrastinação.

Sem perceber criamos o hábito de adiar tarefas, compromissos, ou nos presentear antes da colheita do sacrifício.

E onde a procrastinação começa? No pensamento. Não deixamos de fazer simplesmente. Apenas deixamos vir a ideia de deixar para depois. Esse hábito acontece com pessoas que ainda não compreenderam claramente o propósito, não possuem bem definido onde querem chegar.

Perceba: O procrastinador busca um motivo, uma desculpa para adiar, enquanto que o produtivo busca um motivo para fazer.

A procrastinação é sempre emocional, pois se agíssemos racionalmente, saberíamos que o que deveríamos fazer, que não deveríamos deixar para depois, nem fazer de qualquer jeito.

Quem sabe, você pode estar pensando: “o problema é que mesmo sabendo o que devo fazer, eu até faço, mas não tenho alegria em fazer”. Daí, a dica é simples: Pense em algo importante que você poderá fazer após ter êxito na tarefa. Este será o seu propósito, isto será o que vai te motivar a fazer, sem deixar para depois e fazer da melhor maneira possível, de forma consciente.

Quando estou em algum desafio que me exige renúncia, em nenhum momento tenho “inveja” daqueles que estão “curtindo algo que abdiquei”, não lamento porque estudo em um feriado, porque estou em uma dieta ou porque preciso economizar ou treinar, pois eu penso no que ganharei se eu fizer a tarefa sem adiar e da melhor maneira.

Descobrir o propósito e visualizar o resultados produz uma felicidade imensa naquilo que fazemos. E a felicidade produz maior qualidade na tarefa, não adiamos e fazemos da melhor maneira, sem invejar os outros. Por outro lado, fazer com o pensamento triste, nos faz adiar e se fizermos, a tarefa será executada de forma ineficiente, sem qualidade e inconsciente.

Viva o presente, mas não dos outros. Eles não estão errados, nem você está errado, vocês apenas possuem propósitos diferentes.

Viva o presente, mas viva o presente que você tem!

O PRODUTIVO

24/ fevereiro / 2020 Deixe um comentário

Pensar demais naquilo que já fez ou como deveria ter feito ode fazer com que fiquemos presos ao passado. Lado outro, quando a mente fica viajando no futuro, apenas imaginando o que poderia ser feito, como poderia ser feito, quem poderia fazer, e não se faz nada, surge a ansiedade.

A improdutividade é o resultado lógico quando alguém está perdido no tempo, arrependido e frustrado pelo passado, ou ansioso e inseguro com o futuro.

O que é manter a atenção no presente e viver de forma consciente?

É simplesmente viver o presente de forma intensa e totalmente entregue naquilo que você faz.
Não aceite menos de 100% em intensidade nos desafios, planos, leituras, aulas, estudos e lazer.

SE LIGA na frase tão famosa: O ontem já não o temos, o amanhã ainda não chegou. O que temos? O hoje! Façamos dele um verdadeiro presente!

Quando vivemos o presente de forma consciente (corpo, mente e alma), a produtividade dispara, percebemos os avanços e dai, não somos tentados a querer os falsos atalhos, pois o caminho, a aprendizagem gera prazer e sentimos a FELICIDADE!

Pense aí: a) Quando você está no seu principal desafio, você pensa em algo que passou, algo que ainda não está na hora? B) Sua consciência acompanha o seu corpo nos desafios? C) Sente a consciência que o processo envolve fases e que as coisas no momento oportuno vão acontecer?

 

Visualize o resultado, mas… FOQUE na preparação!

23/ fevereiro / 2020 Deixe um comentário

Imaginar a aprovação, os ganhos decorrentes da sucesso é algo que motiva o candidato.

Visualizar o resultado evidência a Fé. Isso promove uma força e desperta até um sorriso na alma. Pensa aí agora como será sua reação ao saber da sua aprovação. Garanto a você que será muito melhor que imaginou, portas que você nem imagina se abrirão e sua vida será melhor. Não, não será a solução do todos os problemas, mas é certo que a aprovação te habilita colher alguns frutos ou quem sabe, permite você trilhar novos desafios em novos patamares.

No entanto, a fé e a motivação não resolvem tudo. Isso porque, ao pensar em ser aprovado, a proximidade da data da prova deixam muitos candidatos nervosos, tensos e ansiosos. Daí, visualizar o resultado virá uma grande pressão.

E agora resolver isso?

Foco na preparação! Visualizar o resultado te motiva, inspira e faz acreditar que vale a pena o sacrifício. Todavia, nada adianta imaginar e acreditar na aprovação se não houver disciplina, estudo e foco na preparação.

A preparação é indispensável para que o sonho seja alcançado. Muitos candidatos ficam nervosos e ansiosos quando olham o calendário, percebem que a data da prova se aproxima e tem receio da reprovação, a voz do medo diz que não estão totalmente capacitados.

Nessa hora que precisamos lembrar onde deve estar o nosso foco. A atenção não deve estar voltada para o resultado, ele é apenas s nossa motivação. Nossa força, tempo, energia e dinheiro devem estar voltados na preparação. E isso é bem mais que comprar um livro, fazer um curso ou assistir aulas.

Focar na preparação é montar um plano de ação, ser disciplinado no cumprimento dele e, acima de tudo, repensar seu processo, cuidando para que cada detalhe seja feito com toda a atenção e da melhor maneira possível.

A preparação tem uma valiosa vantagem. Os erros, ajustes e acertos promovem uma autoconfiança e isso diminui a insegurança, a ansiedade. A preparação faz você descobrir o “deu branco” é uma lenda e você está próximo de vencer.

Quem visualiza o resultado entende que vale a pena o sacrifício, mas quem se prepara consegue perceber que a aprovação está mais perto.

Visualize o resultado, mas FOCO na preparação!

Quando a necessidade é apenas: A busca pela Felicidade!

27/ outubro / 2019 Deixe um comentário

Quando ouço que o Direito das Familias quer algo além do necessário, quando vejo pessoas se surpreenderem com a busca do outro em um direito que não repercute em questões patrimoniais, contratuais, eu não critico, apenas dou um sorriso leve e fico em silêncio.

Sabe a razão? O Direito das Familias não é mais o direito das meras questões econômicas, o Direito das Familias é o Direito da vida, dos afetos, das questões mais íntimas, pois são aquelas que envolvem a nossa alma, que se confundem com a nossa biografia, a nossa existência.

O Direito das Familias não é feito para gostarmos ou desgostarmos, concordamos ou discordarmos. Até porque, o Direito das Familias não é uma questão de escolha, mas de ser escolhido por ele.

O Direito das Famílias existe como forma de respeitarmos a construção existencial do outro,

Algumas coisas na vida me fizeram sentir empatia.

Aos que manifestam a fé em Jesus Cristo ou conhecem um pouco da sua história, sabem o quanto ele desenvolveu compaixão por tantos que jamais mereciam sequer ter contato com Ele, ainda que não houvesse concordância do filho de Deus com atitude dessas pessoas.

Quando a Defensoria Pública entrou em minha vida, percebi que nascia em mim a missão de lutar contra o meu egoísmo, ser constrangido a lutar por causas que não sofro, a interceder com todo o melhor de mim diante de problemas que não eram meus.

E quando o Direito das Familias chegou, a tríade se formou, pois os ciclos de afetos não são apenas para avaliarmos e questionarmos, mas ver a nobreza surgir quando respeitamos a alma do outro.

E se nenhuma mudança econômica vier? Por que lutar? Porque as maiores guerras são aquelas que envolvem o coração, e por isso, o desafio do Direito das Famílias é tão grande, peculiar, diferenciado, sensível que questões econômicas são insignificantes diante do espaço chamado coração.

Todas as vezes que questionamos ou exclamamos sobre a busca de uma satisfação existencial do outro é porque simplesmente não nos falta conhecimento, mas sim empatia, nos falta entender que a minha felicidade é a minha felicidade e a felicidade do outro é do outro, pois felicidade é muito mais que um momento de alegria, um bem-estar, mas é a razão de existir e a força motriz que impulsiona a nossa existência desde o levantar ou ter o direito de mais “5 minutinhos na cama” e deitar a cada dia, ou de madrugar por uma felicidade maior, pois independentemente das questões econômicas ou contratuais, a vida só existe quando alguém tem o direito de buscar ser feliz, de buscar a felicidade!

Qual atitude após o resultado da reprovação? AFIAR A LÂMINA!

27/ outubro / 2019 Deixe um comentário

Quando eu era criança, adolescente, sempre ouvia entre meus colegas da escola sobre os testes de (QI) quociente de inteligência.

Nos idos anos da década de 1990, não tínhamos acesso aos sites e aplicativos de hoje. Assim, fazíamos aqueles exames de revistas disponíveis nas bibliotecas e saíamos perguntando um ao outro, o resultado obtido. Diante dos resultados, tínhamos um “ranking dos nerds” (rssrsrsr).

Acontece que a vida passou, a educação curricular se foi após a conclusão do ensino médio e da graduação. No entanto, o mundo competitivo apenas começou. Daí, aos poucos fui percebendo que aquela história de QI – quociente de inteligência não era tão fundamental para os objetivos que tracei na vida, especialmente nos concursos públicos. Vi que conhecimento e emoções só geram resultados se tivermos novas atitudes diante das adversidades.

O segundo é o QE (quociente emocional). Não me bastou apenas estudar. Percebi que olhar para o conteúdo de um edital e simplesmente ir preenchendo, marcando o que foi estudado não era suficiente. Eu precisei desenvolver um novo comportamento emocional. Os mais próximos percebem que tenho características muito espontâneas, sensíveis. Os resultados negativos, não tão esperados, me colocavam em uma situação bem peculiar, fechada e bastante estressante. Daí, percebi que não adiantaria ter conhecimento se, emocionalmente, eu não estivesse envolvido com a preparação. Daí, tive que desenvolver inteligência emocional para que mente e emoções passassem a viver juntas em prol do êxito. Neste aspecto, considero como foi fundamental a fé em Deus para crer que existia um propósito dEle na minha aprovação e que os resultados estavam na mão divina.

O terceiro é o QA (quociente de adversidade). Talvez, (já advirto, sem nenhum conhecimento técnico, apenas fruto da minha experiência vivida), a arte de superar adversidades seja a mais importante. Sim, é possível que uma pessoa faça apenas um concurso público na vida e já seja aprovado (conheço alguns). No entanto, a probabilidade disso acontecer é bem pequena, são pouquíssimos os casos e eu não estou na minoria. Eu fui um daqueles que fez vários concursos (uns 14 apenas de carreira jurídica, quem sabe) e em um deles, fui reprovado por 0,01 (isso mesmo um centésimo).

Daí, passo a me deter um pouco mais na necessidade da nossa reação diante da adversidade. Sei que vou soltar vários clichês, mas torço para que juntos me ajudem a expor o que quero transmitir. Já ouviu falar que “o problema não está em errar, mas repetir o mesmo erro”. “É burrice praticar ter o mesmo comportamento e esperar resultados diferentes”.

Pois é.

Aqui entra a chamada Lei da resiliência. Os concurseiros são reconhecidos em vários grupos. Os primeiros, aqueles que são corredores. Se empolgam, decidem fazer concurso e vão. Concurso adiado? Cancelado? Prova difícil? Eles respondem que concurso não vale a pena e abrem mão. Uma maneira de “desistir” pode se dar da seguinte maneira: O insucesso vem e você não desiste expressamente, mas também não recomeça, deixa o “gerundismo” mandar. “Estou descansando para voltar”, “estou voltando aos poucos”.

Claro que sei que mais importante que a velocidade nos estudos é a direção. Porém, sejamos sinceros: Quando um concurseiro diz que está “voltando”, “tá indo”, é porque em seu íntimo, ele sabe que não está dando o melhor de si na preparação. É o ledo sabotamento de estudar sem dar o melhor de si, achar que o sucesso tira férias, que a preparação depende do nosso estado sentimental. Geralmente, isso acontece com pessoas que vivem mais a decepção do resultado do que a disciplina da preparação.

Um outro grupo não desiste, é formado por pessoas perseverantes. Eles já superaram o primeiro grupo. Todavia, acham que o simples fato de não desistir já indica aprovação. Ocorre que estudam da mesma maneira, com os mesmos erros e assim não chegam à aprovação. Falamos aí em outro ditado popular: “Dar murro em ponta de faca”.

O terceiro grupo além de não desistir, decide afiar a lâmina do machado. Lâmina do machado? Concurso público? Que história é essa? Não encontrei em nenhum edital de concurso público. Explico: A Bíblia tem um texto escrito por Salomão, homem mais sábio que já existiu. Ele diz o seguinte: Trabalhar com um machado sem corte exige muito mais esforço: portanto, afie a lâmina. Esse é o valor da sabedoria: Ela o ajuda a ter sucesso (Eclesiastes 10.10 – Nova Versão Transformadora, Editora Mundo Cristão).

Se o machado está cego, não adianta usar com mais força, é preciso afiá-lo.

Do mesmo modo, se o resultado não chegou, não veio como esperávamos, não adianta forçar o cérebro. É preciso avaliar os erros e fazer deles verdadeiras lições. Precisamos compreender que vitórias e derrotas não são figuras, pessoas, mas apenas consequências do nosso resultado. Se houve vitória, alegria. Se houve derrota, deverá existir sabedoria.

O que é a sabedoria? É a inteligência organizacional, estratégica e financeira para saber onde se quer chegar e como chegar lá. Logo, ter conhecimento não significa ser inteligente, ter emoções disciplinadas também não é suficiente, é imperioso que conhecimento e emoções estejam alinhadas com um plano de decisão e organização mental.

Assim, surge a resiliência, a qual supera a perseverança. Se esta significa não desistir, a resiliência (termo oriundo da física) na psicologia corresponde a TOMADA DE DECISÃO que deve existir entre uma situação adversa e a vontade de vencer. E decisões são comprovadas através de atitudes. Logo, se entendemos que entramos na vida do concurso público, aprendemos que concursos não são feitos para passar, mas até passar, o próximo passo é ter sempre uma atitude, ação diante da reprovação.

Essa atitude se manifesta na avaliação do resultado.

Ora, criaram no mundo do “sim”, dos perfeitos e das visualizações e curtidas que apenas aprovação importa e reprovações são fracassos. Porém o jogo da vida é bem diferente. “Na real”, temos acidentes, crises e derrotas. Resta-nos compreender que perdas firmam preciosas lições, que falhas despertam preciosas qualidades que permaneceriam mortas em nós se tivéssemos apenas vitórias. Logo, as derrotas ensinam e ensinam muito mais que as vitórias.

Para ser mais prático, deixo uma dica: Trata-se do plano PDCA (Plan-Do- Check-Action). Implica em Planejar, Fazer, Avaliar os erros e acertos, Agir de forma corretiva, vigilante para não incidir no mesmo erro). Para empregar este plano, precisa ter flexibilidade, mas que eu prefiro chamar de humildade, a arte de aprender com os erros e mudar.

Pode até parecer exaustivo, mas isso será percebido nos resultados futuros. Um provérbio chinês diz: “Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado.”

A partir de então, eu passei a me policiar através de 02 perguntinhas: O que aprendi hoje? O que aprendo com este fracasso? E foi assim que pude desenvolver novas atitudes diante de cada adversidade. Essas novas atitudes me renovavam de tal forma que a vontade de vencer se fortalecia, a fé na aprovação se tornava maior.

Aprenda o máximo com os insucessos

Não desista!

Continue, mas afie a lâmina do machado! Avalie o que foi feito, o que podia ser melhor antes de continuar e tente com novas atitudes.

Erros e derrotas são oportunidades no processo de aprendizagem e crescimento no rumo da aprovação e do sucesso.

Ao agir dessa forma, desenvolvemos sabedoria: Ela nos ajuda a ter sucesso (Eclesiastes 10.10).

Afiar a lâmina gera um pouco mais de cuidado e disciplina, mas valerá a pena, o sacrifício será muito bem recompensado.

Grande abraço.

Helom Nunes

Pequena lista de perguntas que podem te ajudar a “afiar a lâmina”

Que falhas ocorreram no processo de preparação da prova anterior? O que você poderia fazer com maior atenção, cuidado e disciplina? Qual disciplina você deveria dar mais atenção? Qual distração precisa ser tirada? O material utilizado está ok? Você é disciplinado no cronograma? Estuda com total atenção? Descansa bem entre as jornadas de estudos? A alimentação estava correta para o rendimento dos estudos ou utilizou drogas (álcool, remédios) na preparação?  O método de estudo está organizado ou mistura todas as disciplinas durante o dia e impõe ao cérebro que aceite a bagunça de vários assuntos diferentes no mesmo dia?

O tempo

6/ outubro / 2019 Deixe um comentário


Que horas são?
Olha a hora, olha o tempo!
Como ver o tempo?
Ninguém toca o tempo. Ninguém segura o tempo.
Simplesmente, o tempo vai.

O tempo carrega consigo a possibilidade de sentir e viver as mudanças da vida, as mudanças da vida que só o desfrute do tempo pode propiciar.

Embora o tempo tenha ido, ainda há tempo para propósitos que não foram alcançados.

Se já são mais de 7h, ainda são 7h.
Se já é outubro, ainda é outubro.
E se algo, depois de tanto tempo ainda não aconteceu é porque ainda não chegou o momento.

Independente do tempo, decidamos acreditar e viver que tudo sempre contribui para um novo tempo!

Falar do tempo não pode custar muito tempo.

Porque desperdiçar o tempo não é viver,

É apenas perda de tempo.

Olhemos a hora, mas vivamos o tempo, o nosso tempo! Carpe Diem!

Helom Nunes

O SPRINT FINAL

29/ setembro / 2019 Deixe um comentário

Você já ouviu falar na expressão “Sprint final”?

Ainda que você não seja um atleta, já deve ter ouvido a expressão “Sprint final”, especialmente quando percebemos os corredores de elite (os africanos, então, são especialistas). Oriundo da língua inglesa, significa a aceleração de um competidor ao aproximar-se da chegada.

Embora cansados e exaustos, os atletas buscam energia, para uma arrancada forte rumo ao fim da prova.

Pois bem. Na vida e nos concursos, aprendi que vivemos uma maratona. Assim, precisamos muitas vezes, dar um “Sprint final”.  Mas aqui, quero falar um pouco com você concurseiro ou que vai prestar o Exame da OAB sobre o sprint final na sua preparação.

A preparação para provas exige disciplina e foco. Para o sucesso, é necessário um estudo incessante, repetido, longas jornada para cumprir um cronograma de estudos. Isso fica ainda mais firme quando estamos com uma prova agendada.

No entanto, é necessário compreender que a preparação para concursos ocorre em vários aspectos. O primeiro, claro, é o estudo. Estudar, estudar e estudar. Essa é a vida do concurseiro.

Acontece que nada adianta estudar se você não estabelece uma mudança, uma rotina de vida diferenciada. A escolha pelos estudos não existe sozinha, ela precisa estar acompanhada com uma série de renúncias. Isso mesmo, não adianta cumprir uma agenda de estudos se teu cérebro não vive a “vibe”. Isso chamamos de concentração, a qual não existe quando compartilhamos a vida de estudos com milhares de atividades que são mais atraentes para o nosso cérebro e nos dão prazer. Logicamente, elas roubarão nossa atenção, nossa energia. Daí, é indispensável que o concurseiro diga “NÃO” para muita coisa. Isso produz um efeito maravilhoso. Além de estudar, você perceberá que seu estudo será desenvolvido com muita qualidade, muita energia e concentração.

Estudos e renúncia não são suficientes. Ora, somos seres sensíveis, nos envolvemos com nosso sonho, nosso plano. Assim, a alma dos concurseiros também tende a “gritar”. Ocorre que a alma se expõe justamente nos últimos dias antes de uma prova. Na medida em que a data da prova vai chegando, a ansiedade cresce.

Em alguns, ela se manifesta com um medo absurdo, porque não estudamos tudo. (Um pequeno parêntese: Eu nunca terminei um edital de concurso, inclusive dos concursos que fui nomeado).

Em outros, ela gera uma acomodação. “Poxa, já estudei muito, não aguento mais, estou no meu limite, preciso descansar”.

No entanto, quero te chamar atenção para uma coisa. Os atletas, durante corridas e exercícios, sentem a mesma coisa. É natural quando queremos romper um limite, aumentar a força nos treinos, aumentar a pisada na corrida, o corpo “dizer” que está esgotado. Lógico, se há um limite, ele vai estranhar isso e, somada à questão emocional, a alma manda parar.

Todavia, eu quero te contar um pouco da minha experiência concurseira. Nesses momentos, eu simplesmente não parava, continuava com todas as minhas forças, embora as costas doessem, os olhos ardessem e eu ia dormir muitas vezes chorando e falando o assunto estudado, como se fosse revisando.  Da mesma forma que um atleta ouve sua alma mandar o corpo parar, ela fica querendo que o concurseiro respeite o cansaço, a fadiga e “pegue leve”. No entanto, eu te digo: Eu não escutava minha alma ansiosa, tampouco meu corpo cansado, mas simplesmente perseverava, mantinha o mesmo ritmo e estudava até mais atento em tudo.

Se um atleta parasse quando o corpo gritasse, os recordes não seriam quebrados, não haveria a superação. Concurseiro, perto da data da prova, é hora de viver o seu Sprint final. É hora de romper limites, superar a dor e vencer a ansiedade. Não é a hora de desistir. Aos que acreditam na Bíblia Sagrada, tem um texto muito interessante sobre o que estamos falando (“Corramos com perseverança a corrida que nos é proposta” Hebreus 12.1). Perseverar é simplesmente continuar, ser constante.

O Sprint final é a hora do esforço. O que é o esforço?

Antes de responder, quero fazer uma pequena analogia com o fim da prova dos atletas. Estudiosos descobriram que a dor não é o que impede os passos finais nas corridas. O que importa é o esforço. Ou seja, a luta para continuar contra um crescente desejo de parar. Todas as outras formas de fadiga – déficits de oxigênio, acúmulo de metabólitos, superaquecimento, desidratação, dano muscular, esgotamento de combustível e assim por diante – contribuem para sua percepção geral de como é difícil manter ritmo ou velocidade. O esforço, em outras palavras, combina todos os diferentes sinais de fadiga do seu corpo com o verdadeiro momento do esforço máximo.

Os estudos conseguiram, por exemplo, melhorar o esforço e a resistência de corredores usando técnicas como mensagens subliminares. Elas incluíram a aparição de rostos sorridentes por frações de segundo, estimulação cerebral elétrica, conversas motivacionais e “treinos de resistência cerebral”.

OLHA SÓ! No Sprint final, o concurseiro também deve incluir algumas mensagens subliminares. Pense como será sua reação com ao conferir o gabarito e ver que o esforço valeu a pena, como sua vida financeira melhorará após a posse, pense nos lugares que poderá conhecer após a aprovação e quão bom será ter uma estabilidade profissional. Acredite que algumas horas a mais poderão ser fundamentais para que você der o melhor de si na hora da prova e alcance o êxito.

Eu tenho certeza que se você vai conseguir continuar e vai vencer.

Por oportuno, importa lembrar a imagem de um atleta no fim de uma marotana, pernas trêmulas, corpo jogado ao chão, mas, um sorriso, uma felicidade sem tamanho. No fim da corrida, vem o descanso, a hidratação e a medalha da vitória.

Por isso, amigo concurseiro, os últimos dias antes da prova, traduzem o momento do desejo pela vitória ser maior que a crescente vontade de parar, é o que separa todos aqueles que iniciaram dos vencedores.

Eu tenho certeza que seu esforço será muito bem recompensado. Amigo concurseiro/oabeiro, encare com esforço (sim, mais do que tudo!) e arrebente no sprint final!